quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Prece de Cárita

 

Deus, nosso Pai, que tendes poder e bondade, dai força àquele que passa pela provação, dai luz àquele que procura a verdade, ponde no coração do homem a compaixão e a caridade.

Deus, dai ao viajor a estrela guia, ao aflito a consolação, ao doente o repouso.

Pai, dai ao culpado o arrependimento, ao espírito a verdade, à criança o guia, ao órfão o pai.

Senhor, que a Vossa bondade se estenda sobre tudo que criastes.

Piedade, meu Deus, para aquele que Vos não conhece, esperança para aquele que sofre. Que a Vossa bondade permita aos Espíritos consoladores derramarem por toda a parte a paz, a esperança e a fé.

Deus, um raio de luz, uma centelha do Vosso amor pode iluminar a Terra; deixai-nos beber nas fontes dessa bondade fecunda e infinita, e todas as lágrimas secarão, todas as dores acalmar-se-ão; um só coração, um só pensamento, subirão até Vós, como um grito de reconhecimento e amor.

Como Moisés sobre a montanha, nós Vos esperamos com os braços abertos, oh! poder, oh! bondade, oh! beleza, oh! perfeição, e queremos de algum modo alcançar a Vossa misericórdia.

Deus, dai-nos a força de ajudar o progresso a fim de subirmos até Vós; dai-nos a caridade pura, dai-nos a fé e a razão, dai-nos a simplicidade que fará das nossas almas o espelho onde se deve refletir a Vossa imagem.

Sra. W. Krell. Da obra: Anuário Espirita 2002. Ditado pelo Espírito Cárita. A Prece de Cárita original foi recebida no Natal de 1873, em Bordéus, França, pela médium Sra. W. Krell.. Instituto de Difusão Espírita.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

VERSOS DE NATAL

 

Enquanto a glória do Natal se expande
Na alegria que explode e tumultua,
Lembra o Divino Amigo, além, na rua...
E repara a miséria escura e grande.

Aqui, reina o Palácio do Capricho
Que a louvores e júbilos se entrega,
Onde a prece ao Senhor é surda e cega
E onde o pão apodrece sobre o lixo.

Ali, ergue-se a Casa da Ventura,
Que guarda a fé por fúlgido tesouro,
Onde a imagem do Cristo, em prata e ouro,
Dorme trancada em cárceres de usura.

Além, é o Ninho da Felicidade
Que recorda Belém, cantando à mesa,
Mas, de portas cerradas à tristeza
Dos que choram de dor e de saudade.

Mais além, clamam sinos com voz pura:
- «Jesus nasceu! » - o Templo dos Felizes
Que não se voltam para as cicatrizes
Dos que gemem nas chagas de amargura...

Adiante, o Presépio erguido em trono
Louva o Rei Pequenino e Solitário,
Olvidando os herdeiros do Calvário
Sobre as cinzas dos catres de abandono.

De quando em quando, o Mestre, em companhia
Daqueles que padecem sede e fome,
Bate ao portal que lhe relembra o nome,
Mas em resposta encontra a noite fria.

E quem contemple a Terra que se ufana,
Ante o doce esplendor do Eterno Amigo,
Divisará, de novo, o quadro antigo:
- Cristo esmolando asilo na alma humana.

Natal!... O mundo é todo um lar festivo!...
Claros guizos no ar vibram em bando...
E Jesus continua procurando
A humilde manjedoura do amor vivo.

Natal! eis a Divina Redenção!...
Regozija-te e canta, renovado,
Mas não negues ao Mestre desprezado
A estalagem do próprio coração.

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Instruções Psicofônicas. Ditado pelo Espírito Cármen Cinira. Capítulo 40. FEB.

Conto de Natal

 

A noite é quase gelada...
Contudo, Mariazinha
É a menina de outras noites
Que treme, tosse e caminha...

Guizos longe, guizos perto...
É Natal de paz e amor.
Há muitas vozes cantando:
“Louvado seja o Senhor!”

A rua parece nova
Qual jardim que floresceu.
Cada vitrine enfeitada
Repete: “Jesus nasceu!”

Descalça, vestido roto,
Mariazinha lá vai...
Sozinha, sem mãe que a beije,
Menina triste, sem pai.

Aqui e ali, pede um pão...
Está faminta e doente.
-“Vadia, saia depressa!”
É o grito de muita gente.

-“Menina ladra! outros dizem.
-“Fuja daqui, pata feia!
Toda criança perdida
Deve dormir na cadeia.”

Mariazinha tem fome
E chora, sentindo em torno
O vento que traz o aroma
Do pão aquecido ao forno.

Abatida, fatigada,
Depois de percurso enorme,
Estira-se na calçada...
Tenta o sono mais não dorme.

Nisso, um moço calmo e belo
Surge e fala, doce e brando:
- Mariazinha, você
Está dormindo ou pensando?

A pequenina responde,
Erguendo os bracinhos nus:
- Hoje é dia de Natal,
Estou pensando em Jesus.

- Não recorda mais alguém?
E ela, a chorar, disse: -Eu
Penso também com saudade,
Em minha mãe que morreu...

- Se Jesus aparecesse,
Que é que você queria?
- Queria que ele me desse
Um bolo da padaria...

Depois de comer, então
- E a pobre sorriu contente
Queria um par de sapatos
E uma blusa grande e quente...

Depois... queria uma casa,
Assim como todos têm...
Depois de tudo... eu queria
Uma boneca também...

- Pois saiba Mariazinha,
Eu lhe digo que assim seja!
Você hoje terá tudo
Aquilo que mais deseja.

- Mas, o senhor quem é mesmo?
E ele afirma, olhos em luz:
- Sou seu amigo de sempre,
Minha filha, eu sou Jesus!...

Mariazinha, encantada,
Tonta de imensa alegria,
Pôs a cabeça cansada
Nos braços que ele estendia...

E dormiu, vendo-se outra,
Em santo deslumbramento,
Aconchegada a Jesus
Na glória do firmamento.

No outro dia, muito cedo,
Quando o lojista abre a porta,
Um corpo caiu de leve...
A menina estava morta.

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Antologia Mediúnica do Natal. Ditado pelo Espírito Francisca Clotilde.

Natal de Amor

 

Jesus transcende tudo quanto a Humanidade jamais conheceu e estudou.

Personalidade singular, tem sido objeto de aprofundadas pesquisas através dos tempos, permanecendo, no entanto, muito ignorado.

Amado por uns e detestado por outros, conseguiu cindir o pensamento histórico, estabelecendo parâmetros de felicidade dantes jamais sonhada, que passaram a constituir metas desafiadoras para centenas de milhões de vidas.

Podendo ter disputado honrarias e destaques na comunidade do Seu tempo, elegeu uma gruta obscura para ilumina-La com o Seu berço de palha e uma cruz hedionda para despedir-se do convívio com as criaturas em Sua breve existência, na qual alterou totalmente as paisagens culturais do planeta.

Vivendo pobremente, em uma cidade sem qualquer significado social ou econômico, demonstrou que a inteligência e a sabedoria promanam do Espírito e não dos fatores hereditários, ambientais, educacionais, que podem contribuir para o seu desdobramento, nunca porém, para a sua gênese.

Movimentando-se entre multidões sequiosas de orientação, numa época de inconcebíveis preconceitos de todo gênero, elegeu sempre os indivíduos mais detestados, combatidos, perseguidos, excluídos, sem que abandonasse aqueles que se encontravam em patamares mais elevados na ribalta dos valores terrestres.

Portador de incomum conhecimento da vida e das necessidades humanas, falava pouco, de forma que todos lhe apreendessem os ensinamentos e os incorporassem ao cotidiano, sem preocupar-se com os formalismos existentes.

Utilizando-se de linguagem simples e de formosas imagens que eram parte do dia-a-dia de todas as criaturas, compôs incomparáveis sinfonias ricas de esperanças e de bênçãos que prosseguem embalando o pensamento após quase dois mil anos desde quando foram apresentadas.

Nunca se permitiu uma conduta verbal e outra comportamental diferenciadas. Todos os Seus ditos encontram-se confirmados pelos Seus feitos.

Compartilhando da companhia dos párias, não se fez miserável; atendendo aos revoltados, nunca se permitiu rebelião; participando das dores gerais, manteve-se em saudável bem-estar que a todos contagiava.

Jovial e alegre, cantava os Seus hinos à vida e a Deus, sem nunca extravasar em gritaria, descompasso moral ou vulgaridade de conduta.

Amando, sem cessar, preservou o respeito por todos os seres vivos, especialmente dignificando a mulher, que sempre foi exprobrada, incompreendida, explorada, perseguida, humilhada...

Ergueu os combalidos, sem maldizer aqueles que os abandonavam.

Socorreu os infelizes, jamais condenando os responsáveis pelas misérias sociais e econômicas do Seu tempo.

... E mesmo quando abandonado, escarnecido, julgado e condenado sem culpa, manteve a dignidade incomparável que Lhe assinalava a existência, não repartindo com ninguém Suas dores e o holocausto a que se submeteu.

*

Jesus é mais do que um símbolo para a Humanidade de todos os tempos.

Mudaram as paisagens sociais e culturais no transcurso dos séculos, enquanto os indivíduos da atualidade continuam mais ou menos semelhantes àqueles do Seu tempo.

A dor prossegue jugulando ao seu eito as vidas que estorcegam em sua crueza; o orgulho enceguece vidas; o egoísmo predomina nos relacionamentos e interesses sociais; a violência dilacera as esperanças; o crime campeia à solta, e o ser humano parece descoroçoado, sem rumo.

Doutrinas salvacionistas surgem e desaparecem, propostas revolucionárias são apresentadas cada dia e sucumbem sob os camartelos dos desequilíbrios, filosofias multiplicam-se e generaliza-se a loucura dizimando as vidas que Ihes tombam nas armadilhas soezes...

Jesus, no entanto, permanece o mesmo, aguardando aqueles que O queiram seguir.

Uns adulteraram-Lhe as palavras, outros tentam atualiza-lO, mesclando Sua austeridade com a insensatez que vige em toda parte, procurando assim confundir a Sua alegria com a alucinação dos sentidos exaltados pelo sexo em desalinho, e, não obstante, nada macula Suas lições, nem diminui de intensidade a Sua proposta libertadora.

Educador por excelência, despertava o interesse dos Seus ouvintes, mantendo diálogos repassados de incomum habilidade psicológica, de forma a penetrar no âmago dos problemas existenciais, sem permitir-se reproche ou desdém.

Psicoterapeuta excepcional, identificava os conflitos sem que se fizesse necessária a verbalização por parte do enfermo, auxiliando-o a dignificar-se e liberar-se da injunção perturbadora em clima de verdadeira fraternidade.

Os poucos anos do Seu ministério, todavia, assinalaram a História com luzes que jamais se apagarão e continuarão apontando rumos para o futuro.

*

Por tudo isso, o Natal de Jesus é sempre renovador convite a uma releitura da Sua mensagem, a novas reflexões em torno das Suas palavras de luz, à revivescência dos Seus projetos de amor para com a Humanidade.

A alegria que deve dominar aqueles que O amam, evocando o Seu berço, ao invés de ser estrídula e agitada, há de espraiar-se como contribuição para diminuir as aflições e modificar as estruturas carcomidas da sociedade atual, trabalhando-as de forma a propiciar felicidade, oportunidade de trabalho, de dignificação, de saúde e de educação para todas as pessoas.

Distende, portanto, em homenagem ao Seu nascimento, a tua quota de amor a todos quantos te busquem, de forma que eles compreendam a qualidade e o elevado padrão do teu relacionamento espiritual com Ele, interessando-se também por vincular-se a esse Amigo de todas as horas.

Não desperdices a oportunidade de demonstrar que o Natal de Jesus é permanente compromisso de amor entre os Céus e a Terra através dEle, que se fez a ponte entre os homens e Deus, e que continua, vigilante e amigo, pronto para ajudar e conduzir todos aqueles que desejem a plenitude.

Franco, Divaldo Pereira. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis. Página psicografada pelo médium Divaldo P. Franco, na noite de 7 de setembro de 2000, em Salvador, Bahia.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Um Natal de Contrastes

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Bimbalham sinos, símbolos da festa,

Seja na vila soberba ou modesta,

Para anunciar a volta do Natal.

Por toda a Terra corações gritantes,

Pranto patético e ulos lancinantes,

Dos que não têm Jesus como fanal.

Rebrilham luzes piscando lanternas...

Vão desatando alegrias internas

Em louvor à riqueza possuída.

Entanto, há vales em sombra avultada

Com gente perdida na caminhada,

Sem ter Jesus como verdade e vida.

Aqui, farfalham papéis de presentes,

Ali, brinquedos quais jóias luzentes

A exalçar a magia dessa noite.

Há, contudo, muitas outras criaturas

Que se arrastam carentes, inseguras,

A suportar da indiferença o açoite.

Trocam-se mimos caros, maravilhas...

Jarros pomposos lembram velhas bilhas,

Taças brindam, são gestos de carinho.

Mas, no mundo, há quem chore ao abandono,

A sentir-se aturdido cão sem dono,

Sem buscar em Jesus o seu caminho.

Mesa farta, bem composta comida,

Tida como o maior prazer da vida,

A exercer saborosa sedução.

Entretanto, almas há que, em agonia,

Experimentam fome todo dia,

Sem saber que da vida é o Cristo o pão.

Cantam vozes nos templos ajaezados,

Onde círios e flores bem cuidados

Complementam a sentida homenagem.

Vale pensar que o Mestre vindo ao mundo

Envolve a todos no amor mais fecundo,

Sem perder os que se encontram à margem.

É Natal, cantamos com euforia!

Há mudanças em torno e alegria

A irmanar-nos em doce comunhão.

É Natal! Glória a Deus lá nas alturas!

Que nos movamos em prol das criaturas

Tendo vivo Jesus no coração.

Que aprendamos, na evocação bendita,

A pensar mais na humanidade aflita

Junto à qual tantas bênçãos recebemos.

Que o nosso Natal possa ser de altruísmo

Que nos ajude a vencer o egoísmo

Em que, por ora, na Terra vivemos.

Seja o amor nossa inspiração mais doce,

Como se junto a Jesus cada um fosse

Erguer a flama fraternal em hastes.

Se aprendermos a diminuir a agrura,

Cada Natal terá menos secura,

Diminuindo também tantos contrastes.

Seja, então, nosso Natal mais festivo,

Cada qual sendo o agente mais ativo

A laborar por Cristo, de verdade.

Que, assim, de olhos nas Alturas entoemos

Louvor Ao que dos Páramos Supremos

Deu-nos Jesus: nossa Felicidade!

Raul Teixeira. Ditado pelo Espírito Ivan de Albuquerque. Mensagem psicografada pelo médium Raul Teixeira, em 06.10.2003, na Sociedade Espírita Fraternidade, Niterói-RJ.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Súplica do Natal

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Amado Jesus

na excelsa manjedoura

que te esconde a gloria sublime,

ouve a nossa oração !

Ajuda-nos a procurar a simplicidade

que nos reúne ao teu amor...

Auxilia-nos a renascer dentro de nos mesmos,

buscando em Ti a força para sermos

em Teu Nome, irmãos uns dos outros !

Mestre do Eterno Bem, sustenta as nossas almas

a fim de que a alegria de servir e ajudar

nos ilumine a senda, não somente na luz de teu Santo Natal,

mas em todos os dias, aqui, agora e sempre...

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Antologia Mediúnica do Natal. Ditado pelo Espírito Aparecida.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Indagação Oportuna

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A pergunta apostólica vibra ainda em todas as direções, com a maior oportunidade, nos círculos do Cristianismo.

Em toda parte, há pessoas que começam a crer e que já crêem, nas mais variadas situações.

Aqui, alguém aceita aparentemente o Evangelho para ser agradável às relações sociais.

Ali, um indagador procura o campo da fé, tentando acertar problemas intelectuais que considera importantes.

Além, um enfermo recebe o socorro da caridade e se declara seguidor da Boa Nova, guiando-se pelas impressões de alívio físico.

Amanhã, todavia, ressurgem tão insatisfeitos e tão desesperados quanto antes.

Nos arraiais do Espiritismo, tais fenômenos são freqüentes.

Encontramos grande número de companheiros que se afirmam pessoas de fé, por haverem identificado a sobrevivência de algum parente desencarnado, porque se livraram de alguma dor de cabeça ou porque obtiveram solução para certos problemas da luta material; contudo, amanhã prosseguem duvidando de amigos espirituais e de médiuns respeitáveis, acolhem novas enfermidades ou se perdem através de novos labirintos do aprendizado humano.

A interrogação de Paulo continua cheia de atualidade.

Que espécie de espírito recebemos no ato de crer na orientação de Jesus? o da fascinação? o da indolência? o da pesquisa inútil? o da reprovação sistemática às experiências dos outros?

Se não abrigamos o espírito de santificação que nos melhore e nos renove para o Cristo, a nossa fé representa frágil candeia, suscetível de apagar-se ao primeiro golpe de vento.

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Fonte Viva. Ditado pelo Espírito Emmanuel. Capítulo 14. Rio de Janeiro, RJ: FEB.

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domingo, 7 de dezembro de 2008

Resistência ao Mal

cristo02 "Eu, porém, vos digo que não

resistais ao mal."

– Jesus. (Mateus, 5:39.)

 

 

 

 

Os expoentes da má-fé costumam interpretar falsamente as palavras do Mestre, com relação à resistência ao mal.

Não determinava Jesus que os aprendizes se entregassem, inermes, às correntes destruidoras.

Aconselhava a que nenhum discípulo retribuísse violência por violência.

Enfrentar a crueldade com armas semelhantes seria perpetuar o ódio e a desregrada ambição no mundo.

O bem é o único dissolvente do mal, em todos os setores, revelando forças diferentes.

Em razão disso, a atitude requisitada pelo crime jamais será a indiferença e, sim, a do bem ativo, enérgico, renovador, vigilante e operoso.

Em todas as épocas, os homens perpetraram erros graves, tentando reprimir a maldade, filha da ignorância, com a maldade, filha do cálculo. E as medidas infelizes, grande número de vezes, foram concretizadas em nome do próprio Cristo.

Guerras, revoluções, assassínios, perseguições foram movimentados pelo homem, que assim presume cooperar com o Céu. No entanto, os empreendimentos sombrios nada mais fizeram que acentuar a catástrofe da separação e da discórdia. Semelhantes revides sempre constituem pruridos de hegemonia indébita do sectarismo pernicioso nos partidos políticos, nas escolas filosóficas e nas seitas religiosas, mas nunca determinação de Jesus.

Reconhecendo, antecipadamente, que a miopia espiritual das criaturas lhe desfiguraria as palavras, o Mestre reforçou a conceituação, asseverando: "Eu, porém, vos digo..."

O plano inferior adota padrões de resistência, reclamando "olho por olho", Jesus, todavia, nos aconselha a defesa do perdão setenta vezes sete, em cada ofensa, com a bondade diligente, transformadora e sem-fim.

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Vinha de Luz. Ditado pelo Espírito Emmanuel. Rio de Janeiro, RJ: FEB.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Mensagem recebida da minha amiga do orkut

alt
Que nossas mãos sejam portadoras de paz...
De afagos....
De carinhos...
Que escorra delas os mais límpidos sentimentos...
de bálsamos
de alívio...
de força...
de luz...

*****
Seja Feliz
Beijos luz
SOLNASCENTE


 
MEU CANTO DE RECADO

Questão de Escolha

Procure um delinquente e encontrará muitos malfeitores. É necessário, então, que você possua imenso cabedal de amor para renová-los, sem fazer-se criminoso também.

*

Busque identificar uma falta e achará inúmeras. Chegando a essa situação, é imprescindível que você esteja bastante esclarecido para não acrescentar seus erros aos erros alheios.

*

Tente situar um espinho e vários virão ao seu encontro. Em face de tal contingência, é necessário que você permaneça eminentemente equilibrado para não ferir-se.

*

Fixe com demasiada atenção uma pedra da estrada e, em breve, o solo estará empedrado aos seus olhos. Depois disso, você necessitará de muita resistência para não sucumbir às asperezas da jornada.

*

Aproxime-se do bem, procure-o com decisão e a bondade virá iluminar seu caminho. Somente aí você surgirá perfeitamente armado para vencer na guerra contra a mal.

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Agenda Cristã. Ditado pelo Espírito André Luiz. 3 edição. Edição de Bolso. Rio de Janeiro, RJ: FEB.

Seja Feita a Tua Vontade, Assim na Terra como no Céu

Na construção de uma casa sólida e confortável, há sempre um plano do arquiteto para ser obedecido.

Os operários precisam consultar as linhas demarcadas para não irem além de suas funções e a fim de não cometerem impropriedades que prejudicariam a obra.

O carpinteiro não deverá perturbar o pintor e o pintor deverá respeitar o vidraceiro.

Assim também, nos serviços de elevação espiritual do homem e do mundo, é necessário procurarmos a Vontade do Senhor para que os Desígnios Divinos sejam devidamente executados.

Sabemos que o bem para todos é o projeto da Eterna Sabedoria para as criaturas e, por isso mesmo, se nos prezamos da condição de trabalhadores educados para a justa prestação de serviço, é indispensável saibamos realizar a nossa parte, na concretização do projeto divino, sem perturbar os nossos irmãos.

Estejamos convictos de que se cada um de nós cumprir a obrigação que lhe compete, no plano do Eterno Bem, oferecendo a cada dia o melhor que pudermos, estaremos indiscutivelmente atendendo às determinações do Nosso Pai Celestial.

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Pai Nosso. Ditado pelo Espírito Meimei. 19 edição. Rio de Janeiro, RJ: FEB.

Calma para o Êxito

rosaslaranja

Em todos os passos da vida, a calma é convidada a estar presente.

Aqui, é uma pessoa tresvairada, que te agride...

Ali, é uma circunstância infeliz, que gera dificuldade...

Acolá, é uma ameaça de insucesso na atividade programada...

Adiante, é uma incompreensão urdindo males contra os teus esforços...

É necessário ter calma sempre.

A calma é filha dileta da confiança em Deus e na Sua justiça, a expressar-se numa conduta reta que responde por uma atitude mental harmonizada.

Quando não se age com incorreção, não há por que temer-se acontecimento infeliz.

A irritação, alma gêmea da instabilidade emocional, é responsável por danos, ainda não avaliados, na conduta moral e emocional da criatura.

A calma inspira a melhor maneira de agir, e sabe aguardar o momento próprio para atuar, propiciando os meios para a ação correta.

Não antecipa, nem retarda.

Soluciona os desafios, beneficiando aqueles que se desequilibram e sofrem.

Preserva-te em calma, aconteça o que acontecer.

Aprendendo a agir com amor e misericórdia em favor do outro, o teu próximo, ou da circunstância aziaga, possuirás a calma inspiradora da paz e do êxito.

Divaldo P. Franco. Da obra: Episódios Diários. Ditado pelo Espírito Joanna de Angelis. Alvorada.

Minidepósitos

Uma frase de louvor para quem trabalha.

Silenciar reclamações mesmo justas.

Abster-se de falar em momentos de irritação.

Repetir sem alteração de voz qualquer informação para a pessoa que não esteja ouvindo corretamente.

Adicionar esperança e otimismo à conversação.

Omitir as chamadas "verdades desagradáveis" sem benefícios para ninguém.

Evitar perguntas claramente desnecessárias.

Calar os defeitos do próximo.

Ouvir o interlocutor sem desviar-se do assunto.

Silenciar gracejos e ironias.

Falar motivando as criaturas para o bem.

Cultivar gentileza.

Observar respeito pelas tarefas alheias.

Deixar aos outros o direito de descobrirem as suas próprias realidades, sem qualquer ingerência nos assuntos que lhes pertençam à vida.

Negar-se a pejorativos e brincadeiras com essa ou aquela dificuldade orgânica, seja de quem for.

Querer os amigos em regime de liberdade.

Prestar serviço espontâneo.

Auxiliar sem ferir.

Admirar sem invejar.

Diminuir a tristeza ou suprimí-la onde a tristeza possa existir.

Compreender as lutas e problemas dos outros Sem mostrar-se superior a quem sofre.

Alguns instantes de presença afetuosa onde alguém necessite de reconforto.

Auxiliar a uma criança difícil sem censuras posteriores.

Podar sem alarde problemas que existam ou que possam aparecer.

Evitar complicações.

Experimente lançar estes minidepósitos na Organização Bancária da vida e você receberá lucros surpreendentes pela Carteira do Bem.

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Respostas da Vida. Ditado pelo Espírito André Luiz. Capítulo 21. IDEAL.

Na Exaltação do Amor

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A folha ressequida que cai, anônima, do pedúnculo em que nasceu, é bem o símbolo do poder oculto de Deus em a Natureza.

Poder que é força, vida e amor...

Quem a recolheu?

O Sol? Não. O Vento? Não. O Homem? Não.

A folha desceu por si mesma, segundo os ditames preestabelecidos pela leis gerais do Universo, para o seio fecundante da Terra que a transforma em novo elemento no laboratório da incessante renovação.

Assim também se movem as criaturas e os destinos.

A folha cai. Os mundos caminham... O homem evolve...

Brilha o Sol, naturalmente, mantendo a Família Planetária nos domínios da Casa Cósmica.

Avança o Vento, sem esforço, nutrindo a euforia das plantas. Em princípios de soberana espontaneidade, constrói o Homem a própria existência.

Saber não é tudo.

Só o amor consegue totalizar a glória da vida. Quem vive respire. Quem trabalha progride. Quem sabe percebe.

Quem ama respira, progride, percebe, compreende, serve e sublima, espalhando a felicidade.

Siga, pois, seu roteiro, louvando o bem, esquecendo o mal e edificando sem repouso.

Se o caminho é áspero e sombrio, prossiga com destemor.

Lembra-se de que na vanguarda há mais amplo local para a sua esperança.

Busque ouvir a mensagem do amor, onde passe.

Estude amando.

Responda aos imperativos da evolução, amando onde esteja.

Atenda ao semelhante, amando com alegria.

Satisfará, em tudo, a você mesmo, amando sempre.

Na marcha ascendente para o Reino Divino, o Amor é a Estrada Real. As outras vias chamam-se experiências que a Eterna Sabedoria, ainda por amor, traçou à grande viagem das almas para que o espírito humano não se perca.

Antes de você, o amor já era.

Depois de você, o amor será.

Isso, porque o Amor é Deus em tudo.

Viva, assim, a vida, amando-a para entendê-la.

Viver e amar...

Amar e compreender...

Compreender e viver abundantemente...

Ângulos de uma verdade só - a Vida Eterna.

No entanto, viver sem amar é respirar sem trabalho digno; querer com exclusivismo entontecente é contemplar situações e circunstâncias com apriorismos que geram a enfermidade e a morte.

Se você sabe, portanto, o que é viver, porque não vive?

Só vive realmente quem ama.

Só ama efetivamente quem age para o bem de todos.

Só age, sem dúvida, para o bem de todos, quem compreende que o amor é a base da própria vida.

Fora dessa verdade, há também movimento e ação, mas movimento e ação de sombra que tornará fatalmente à luz em ciclos determinados de choro, provação e martírio.

Nada novo, sempre a Lei, que funciona compassiva, mas inexorável, restituindo a cada sementeira a colheita certa.

Comande a embarcação de seu destino e não atribua a outrem os erros que as suas mãos venham a cometer.

De você mesmo depende a própria viagem.

Instrua a você mesmo, sem procurar encobrir, ante a própria consciência, as faltas que lhe arrojam a alma ao desencanto ou ao agravo das próprias necessidades do espírito.

Ainda que a noite lhe envolva o passo, alente, no imo de ser, o dia eterno da fé.

Não se confie ao sabor da invigilância, para que invigilância não lhe arraste a existência ao sabor do sofrimento.

Antes de nós, o Universo era o Santuário da Glória Divina.

Lembremo-nos, pois, de que Deus nos criou para acrescentar-Lhe a grandeza.

Não Lhe diminuamos o esplendor, cultivando a treva...

Enganaremos a forma.

Jamais enganaremos a vida que palpita, triunfante, em nós mesmos.

Aprenda a buscar aquilo de que você carece no próprio aperfeiçoamento, antes que alguém lho ensine a preço de aflição.

Busque o roteiro exato, antes que outros se lhe ofereçam, no dia de sua perturbação, para guias de sua dor.

Força é poder. Idéia é força.

Mas só o amor condiciona o poder para a vitória da luz.

Ame e caminhe. Caminhe e vença.

Anote hoje os seus movimentos, no ritmo do trabalho e da oração, e o amanhã surgirá com brilho sempre novo.

Sorria para os lances mais difíceis da estrada e dos panoramas próximos e remotos descerrar-se-ão sorrindo à sua alma.

Não pare senão para refazer o fôlego atormentado.

Mais além, é a estrada de destino.

Não escute o murmúrio das sombras senão para socorrer as vítimas do mal, a fim de que os gemidos enganadores do nevoeiro não lhe anestesiem o impulso de elevação.

A fraternidade ser-lhe-á o anjo-sentinela entre os pântanos da amargura.

Cante o poema da caridade, seja onde for, e as criaturas irmãs, ainda mesmo quando algemadas ao crime, responder-lhe-ão com estribilhos de amor.

Guarde compaixão e a paz ser-lhe-á doce prêmio.

Exemplifique a fé que lhe honra a inteligência e o mundo abençoar-lhe-á todas as palavras.

Amanheça cada dia no serviço que lhe compete e o dever retamente cumprido manterá você, invariavelmente, na manhã luminosa da vida.

Antes de amparar a você, ampare aqueles que, desde muito, suspiram pela migalha de seu amparo.

Antes de nossa vontade, a vontade do Senhor.

Antes do bem para nós, o bem necessário aos outros.

Seja para você a justiça que observa e corrige e seja para o irmão de jornada a bondade que ajuda e absolve sempre.

Sobretudo, guarde a certeza de que o amor se emoldura na humildade que nunca fere.

Coloque você em último lugar e a vida encarregar-se-á de sua própria defesa em qualquer parte.

Ainda mesmo com sacrifício, sob chuvas de fel e gritos de calúnia, renda diariamente o seu culto ao amor e o amor na própria vida brilhará em sua alma, convertendo-a em estrela para a Glória Sem Fim.

Xavier, Francisco Cândido e Vieira, Waldo. Da obra: O Espírito da Verdade. Ditado pelo Espírito André Luiz.

Desculpar

Desculpe e você compreenderá.

Onde existe amor não há lugar para ressentimento.

Ao colocar-se na condição de quem erra, seja qual seja o problema, de imediato, você notará que a compaixão nos dissolve qualquer sombra de crítica.

A existência humana é uma coleção de testes em que a Divina Sabedoria nos observa, com vistas à nossa habilitação para a Vida Superior; quem hoje condena o próximo não sabe que talvez amanhã esteja enfrentando os mesmos problemas daqueles companheiros presentemente em dificuldade.

Nos esquemas da Eterna Justiça, o perdão é a luz que extingue as trevas.

Às vezes, aquilo que parece ofensa é o socorro oculto do Mundo Espiritual em seu benefício.

A misericórdia vai além do perdão, criando o esquecimento do mal.

Em muitas ocasiões a Divina Providência nos permite erro para que aprendamos a perdoar.

A indulgência é a fonte que lava os venenos da culpa.

Perdão é a fórmula da paz.

Aprendamos a tolerar, para que sejamos tolerados.

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Respostas da Vida. Ditado pelo Espírito André Luiz. Capítulo 22. IDEAL.

Aborto e Reencarnação

- Divaldo, e o aborto? Tolhe a reencarnação, corta a reenncarnação, ou suspende a reencarnação?

- O aborto impede a reencarnação, adiando-a, porque aquele filho que nós expulsamos pela interrupção no corpo, voltará até nós, quiçá, em um corpo estranho, que foi recolhido por um ato de sexualidade irreverente; por uma concepção de natureza inditosa, volverá até nós, na condição de alguém deeserdado, não raro, como um delinqüente ... Os filhos que não aceitamos no lar, penetrarão um dia pela janela da nossa casa, na roupagem de um menor de conduta anti-social. Será o porrtador, talvez, de tóxicos para o nosso filho ou para a nossa filha. Aquele que expulsamos do nosso regaço voltará, porque ele não pode ser punido pela nossa leviandade, mas nós seremos justiçados na nossa irreflexão, através das Leis Soberanas da Vida.

Da obra: Subsídios para reuniões e encontros de pais. Pergunta feita a Divaldo Pereira Franco. FEB. Apud O Que Dizem os Espíritos Sobre o Aborto, Capítulo II, FEB.

À Mãe Cristã

O mundo será feliz

quando a mulher, sem receio,

abrir a porta da casa

aos órfãos do lar alheio.

(Irene Sousa Pinto)

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Mãe feliz, aguça o ouvido

ante os que vão sem ninguém...

Cada pequeno esquecido

é teu filhinho também.

(Rita Barém de Melo)

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Não olvides que a criança,

no caminho, vida a fora,

vai devolver-te, mais tarde,

o que lhe deres agora.

(Casimiro Cunha)

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Mãezinha - planta celeste,

anjo que chora sorrindo -,

teu filho é a flor que puseste

no ramo de um sonho lindo.

(Meimei)

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Pai Nosso. 19 edição. Rio de Janeiro, RJ: FEB.

Uma Boa Palavra

Uma Boa Palavra

No teu relacionamento diário com as pessoas, não te esqueças de endereçar-lhes sempre uma boa palavra.

A palavra de esperança é uma luz que se acende no caminho dos companheiros que se revelam vacilantes na luta.

A palavra de coragem é um apoio para os que necessitam seguir adiante no desempenho das próprias obrigações.

A palavra de compreensão não raro, é mais eficaz que o medicamento prescrito pela medicina convencional aos que se queixam de amargura e desalento.

A palavra de incentivo aos que se dedicam às boas obras, pode ser comparada a preciosa alavanca que guarda consigo o poder de remover as pedras de tropeço.

Não olvides, assim, os prodígios de amor que podes realizar através de uma boa palavra e promova, desde agora, rigorosa triagem nos assuntos ventilados por teu verbo.

Falando, construirás a felicidade ou , ainda falando, arrasarás com os ideais de muita gente.

Fala como se trouxesses Jesus no entendimento e no coração e a tua palavra, em todas as ocasiões, brilhará em teus lábios à feição de uma estrela engastada no céu de tua boca.

Xavier, Francisco Cândido; Baccelli, Carlos A.. Da obra: Brilhe Vossa Luz.. Ditado pelo Espírito Irmão José. 4 edição. Araras, SP: IDE.