domingo, 21 de dezembro de 2008

Um Natal de Contrastes

natal480

Bimbalham sinos, símbolos da festa,

Seja na vila soberba ou modesta,

Para anunciar a volta do Natal.

Por toda a Terra corações gritantes,

Pranto patético e ulos lancinantes,

Dos que não têm Jesus como fanal.

Rebrilham luzes piscando lanternas...

Vão desatando alegrias internas

Em louvor à riqueza possuída.

Entanto, há vales em sombra avultada

Com gente perdida na caminhada,

Sem ter Jesus como verdade e vida.

Aqui, farfalham papéis de presentes,

Ali, brinquedos quais jóias luzentes

A exalçar a magia dessa noite.

Há, contudo, muitas outras criaturas

Que se arrastam carentes, inseguras,

A suportar da indiferença o açoite.

Trocam-se mimos caros, maravilhas...

Jarros pomposos lembram velhas bilhas,

Taças brindam, são gestos de carinho.

Mas, no mundo, há quem chore ao abandono,

A sentir-se aturdido cão sem dono,

Sem buscar em Jesus o seu caminho.

Mesa farta, bem composta comida,

Tida como o maior prazer da vida,

A exercer saborosa sedução.

Entretanto, almas há que, em agonia,

Experimentam fome todo dia,

Sem saber que da vida é o Cristo o pão.

Cantam vozes nos templos ajaezados,

Onde círios e flores bem cuidados

Complementam a sentida homenagem.

Vale pensar que o Mestre vindo ao mundo

Envolve a todos no amor mais fecundo,

Sem perder os que se encontram à margem.

É Natal, cantamos com euforia!

Há mudanças em torno e alegria

A irmanar-nos em doce comunhão.

É Natal! Glória a Deus lá nas alturas!

Que nos movamos em prol das criaturas

Tendo vivo Jesus no coração.

Que aprendamos, na evocação bendita,

A pensar mais na humanidade aflita

Junto à qual tantas bênçãos recebemos.

Que o nosso Natal possa ser de altruísmo

Que nos ajude a vencer o egoísmo

Em que, por ora, na Terra vivemos.

Seja o amor nossa inspiração mais doce,

Como se junto a Jesus cada um fosse

Erguer a flama fraternal em hastes.

Se aprendermos a diminuir a agrura,

Cada Natal terá menos secura,

Diminuindo também tantos contrastes.

Seja, então, nosso Natal mais festivo,

Cada qual sendo o agente mais ativo

A laborar por Cristo, de verdade.

Que, assim, de olhos nas Alturas entoemos

Louvor Ao que dos Páramos Supremos

Deu-nos Jesus: nossa Felicidade!

Raul Teixeira. Ditado pelo Espírito Ivan de Albuquerque. Mensagem psicografada pelo médium Raul Teixeira, em 06.10.2003, na Sociedade Espírita Fraternidade, Niterói-RJ.

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